Produção bibliográfica
Panorama global
Entre 2017 e 2020 os docentes do Programa publicaram 456 produtos qualificados como bibliográficos, distribuídos como mostra o quadro quantitativo global abaixo:
• Tipos de produção bibliográfica (2017-2020):
Produção em livros: 186 (41%), +12 organizações de coletâneas
Produção em periódicos: 176 (39%)
Publicação em anais: 22 (4%)
Publicação na mídia: 16 (4%)
Traduções: 8 (2%)
Outros: 48 (11%)
Total: 456, +12 organizações de coletâneas
Os docentes publicaram, sobretudo, em livros (186 produtos, ou 41% do total) e periódicos científicos (176 produtos, ou 39% do total). As produções em livros e os artigos representam 79% da produção bibliográfica dos docentes (362 produtos). Os demais tipos de produção incluem publicações em anais de eventos (22), publicações na mídia (16), traduções (8), além de um subgrupo de tipos variados de outros tipos de produções bibliográficas como apresentações, prefácios, verbetes etc. (48); esses quatro tipos somaram 21% do total de produtos.
Panorama da produção em periódicos
A produção docente em periódicos científicos entre 2017 e 2020 atingiu 90 periódicos diferentes, 20 deles sediados fora do Brasil.
Para comentar a qualidade da produção em periódicos com apoio em dados objetivos, recorre-se aqui a dois expedientes: tomam-se como parâmetro os estratos Qualis do quadriênio anterior, e consideram-se também, de forma complementar, os índices de impacto dos periódicos. Os dados são mostrados abaixo, buscando os melhores indicadores da qualidade dos veículos em que figuraram os artigos dos docentes.
Classificação nos estratos Qualis 2013-2016
• 155 dos 176 artigos dos docentes foram publicados em periódicos que tinham classificação na área de Linguística e Literatura no Qualis 2013-2016 (21 artigos, portanto, foram publicados em periódicos não incluídos no Qualis da área em 2013-2016).
A produção docente em periódicos se distribuiria da seguinte forma pelos estratos:
• Qualis 2013-2016 / Número de artigos / (Proporção do total):
A1: 24 (15%)
A2: 03 (2%)
B1: 63 (41%)
B2: 47 (30%)
Subtotal nos quatro estratos superiores: 137 (88%)
B3: 01 (1%)
B4: 10 (6%)
B5: 05 (3%)
C: 02 (1%)
Subtotal nos quatro estratos inferiores: 18 (12%)
Total de produções em periódicos com classificação no
Qualis de Linguística e Literatura (2013-2016): 155
• Dos 155 artigos em periódicos incluídos no Qualis 2013-2016, 137, ou 88%, se encaixaria nos estratos superiores, entre os A1 e B2:
Dentro desse espectro, foram 24 produções em periódicos com nota A1, 3 produções em periódicos A2, 63 produções em periódicos B1 (perfazendo a maioria das produções no geral, com 41% dos artigos totais) e 47 produções em periódicos B2.
Uma desvantagem desse parâmetro é não poder contemplar as 21 produções publicadas em periódicos que não fizeram parte do Qualis da área de Linguística e Literatura no quadriênio anterior. Boa parte (13) desses periódicos não cobertos pelo antigo Qualis são internacionais, e valerá a pena incluí-los no quadro global, para isso trocando o parâmetro para a medida de impacto de cada periódico.
Distribuição por índice-h: impacto nos últimos 5 anos
Em um novo olhar global pelos dados, mostra-se abaixo o quadro da produção em periódicos do quadriênio separada por índices de impacto, escolhendo-se para isso o índice h. A ferramenta usada foi o software Publish or Perish (Harzing, AW. Publish or Perish, 2007; disponível em https://harzing.com/resources/publish-or-perish).
Consideraram-se os índices h5 (ou seja, as citações dos últimos cinco anos) dos 90 periódicos onde foram publicados os 176 artigos, com os seguintes resultados:
• Índice h5 / Número de artigos / Proporção do total:
44 2 1%
29 1 1%
23 1 1%
20 1 1%
19 1 1%
16 2 1%
13 1 1%
12 2 1%
11 1 1%
10 1 1%
9 2 1%
7 29 16%
6 7 4%
Subtotal: Publicações em periódicos
com índice-h acima de 5: 51 (29%)
5 57 32%
4 30 18%
Subtotal: Publicações em periódicos com
índice-h 4 ou 5: 87 (49%)
3 16 9%
2 14 8%
1 6 4%
0 2 1%
Subtotal: Publicações em periódicos com
índice-h abaixo de 4: 38 (22%)
Total em periódicos: 176
Como se nota, o índice de impacto mais frequente dos periódicos em que os docentes publicaram foi 5, com 57 artigos (32%). Em seguida, periódicos com grau de impacto 4 abrigaram o segundo maior grupo de artigos, com 30 casos (18%).
Assim, a faixa com maior proporção de artigos dos docentes são os periódicos com índice de impacto 4 ou 5, tendo sido praticamente a metade dos artigos (87 artigos, ou 49%) publicados em periódicos dessa faixa.
A outra metade dos artigos dividiu-se entre um grupo publicado em periódicos com impacto relativamente alto ou bastante alto para a área, ou seja, acima de 5 (51 artigos, ou 29%), e um grupo publicado em periódicos com impacto baixo, ou seja, índice de 3 ou menos (caso de 38 artigos, ou 22% do total).
Sobre os 38 artigos publicados em periódicos com impacto mais baixo, caberá observar que, em alguns casos, isso inclui periódicos bem avaliados no Qualis 2013-2016. De fato, 24 dos 39 artigos nessa faixa de impacto (62%) estão em revistas dos estratos superiores do Qualis – B1 (8), B2 (14) e mesmo A1 (2). Os dois veículos para os quais encontramos índice h5 zero foram a Revista do Arquivo (ISSN 2447-908X), publicada pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo, e os Anais da Biblioteca Nacional (ISSN 0100-1922), publicados pela Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro (classificadas como B5 pelo Qualis 2013-2016).
Do lado oposto, nos 51 artigos publicados em uma faixa superior de periódicos com impacto acima da média, notam-se dois fatores importantes. Primeiro, pode-se ver, nesta faixa superior, uma boa proporção de artigos publicados em periódicos com índices-h bastante bons para a área de Linguística e Literatura no país – índices 6 a 9, com 38 artigos (ou 21% do total geral).
Acima disso, há um grupo menor, com 15 artigos (ou 8% do total), que atingiram uma faixa de elite, abrangendo periódicos com grau de impacto bastante alto em âmbito nacional e internacional para a área, ou seja, aqueles com índice-h superior aos 10 pontos – a maioria deles, periódicos internacionais. Os altos índices de impacto apresentam uma coincidência apenas parcial com a avaliação de excelência do Qualis: 7 desses periódicos com índice-h acima de 5 eram classificados como A1 em 2013-2016, 3 eram A2 e 6 eram B1; já 9 periódicos dessa faixa superior não estavam incluídos no Qualis Periódicos do quadriênio anterior (todos os 9, internacionais).
Tendo assim delineado o quadro global dos perfis de periódicos atingidos pelos docentes, passamos a uma análise que procura combinar entre si os dois critérios iniciais – antigo Qualis e fator de impacto – para determinar um grupo de destaque entre os periódicos.
Periódicos de destaque
A lista abaixo destaca o grupo superior de periódicos de excelência com publicações dos docentes - quer por terem notas altas no antigo Qualis (periódicos A1), quer por seus elevados índices de impacto, com h5 acima de 10. Em quatro casos, os periódicos se destacam pelos dois motivos combinados:
• Periódicos diferenciados com publicações dos docentes (2017-2020)
Periódicos com alto índice de impacto e classificação A1:
1. The Journal of the Acoustical Society of America, EUA: índice-h 44, Qualis A1 (2 art.)
2. Language, EUA: índice-h 29, Qualis A1
3. Delta: índice-h 12, Qualis A1
4. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi: índice-h 11, Qualis A1
Periódicos com alto índice de impacto:
5. Educação e Pesquisa: índice-h 23, Qualis A2
6. European Journal of Contemporary Education, Eslováquia: índice-h 20, sem Qualis
7. Educação e Realidade: índice-h 19, Qualis A2
8. Digital Humanities Quarterly, EUA: índice-h 16, sem Qualis
9. Global Journal of Human-Social Science, Índia: índice-h 16, sem Qualis
10. Languages, Suíça: índice-h 13, sem Qualis
11. RePeC: índice-h 12, sem Qualis
12. ReDis, Portugal: índice-h 10, sem Qualis
Periódicos com classificação A1:
13. Trabalhos em Linguística Aplicada: A1, índice-h 9 (2 artigos)
14. Bakhtiniana: A1, índice-h 7 (5 artigos)
15. Alfa: A1, índice-h 6 (5 artigos)
16. Cadernos de Estudos Linguísticos: A1, índice-h 5 (3 artigos)
17. Journal of Portuguese Linguistics, Portugal: A1, índice-h 5
18. Linguística, Espanha: A1, índice-h 5
19. Diacrítica, Portugal: A1, índice-h 2 (2 artigos)
No conjunto desses 19 periódicos diferenciados, docentes do Programa publicaram 32 artigos, alguns dos quais representam a produção intelectual e a pesquisa de excelência realizada no Programa.
Produção em periódicos internacionais
A produção em periódicos internacionais atingiu 20 veículos sediados na Ásia (índia), nas Américas (Estados Unidos, Equador) e na Europa (Alemanha, Eslováquia, Espanha, França, Hungria, Itália, Portugal, Romênia e Suíça). Incluem-se aí 10 dos periódicos de altíssimo impacto descritos acima e outros 10:
- Diacrítica, Portugal
- Digital Humanities Quarterly, EUA
- European Journal of Contemporary Education, Eslováquia
- Global Journal of Human-Social Science, Índia
- Journal of Portuguese Linguistics, Portugal
- Language, EUA
- Languages, Suíça
- Linguística, Espanha
- ReDis, Portugal
- The Journal of the Acoustical Society of America, EUA (dois artigos)
- Beitraege zur Geschichte der Sprachwissenschaft, Alemanha (dois artigos)
- ComHumanitas: revista científica de comunicación, Equador
- Cuadernos de la ALFAL, editada por Associação Internacional
- International Journal of Language & Law, Alemanha
- Journal of Ibero-Romance Creoles, Portugal
- Normas: revista de estudios lingüísticos hispánicos, Espanha (dois artigos)
- Onomastica Uralica, Hungria (dois artigos)
- Revista Iberoamericana de Argumentación, Espanha
- Rivista Italiana di Onomastica, Itália
- Studia Philologia Universitatis Babe -Bolyai, Romênia
Ao todo, os docentes publicaram 26 artigos em veículos sediados fora do Brasil (sendo 2 dos trabalhos em coautoria com orientandos).
Panorama da produção em livros
A publicação em forma de livros – obras inteiras, coletâneas ou capítulos – é ainda a principal opção dos docentes do Programa, gradualmente pareada com a produção em periódicos. Entre 2017 e 2020, foram publicados 186 produtos em livros, correspondendo a 41% das publicações dos docentes.
Grande parte das publicações em livro (67%) foram capítulos, tendo havido ainda 38 obras completas (20%), traduções, apresentações, introduções e prefácios:
A qualidade e importância dessas publicações seria idealmente demonstrada por uma análise detida de cada livro, capítulo ou coletânea; outros indicadores objetivos são os próprios critérios da ficha de cadastro das obras na plataforma, entre os quais destacam-se:
EDITORAS. Os docentes publicaram em 65 editoras, principalmente editoras brasileiras comerciais (25), entre as quais se destacam por sua reconhecida qualidade: Contexto, Editora 34, Mercado de Letras, Pontes e Parábola. Entre as 10 editoras comerciais estrangeiras, se destacam Chiado, Colibri e De Gruyter. Entre as editoras universitárias brasileiras, além da própria Editora da USP e da Humanitas, se destacam as Editoras da Unicamp e da Unesp; entre as editoras universitárias estrangeiras, destacam-se a editora da Université Paris Sorbonne e as da Universidade de Lisboa e Universidade do Porto.
FINANCIAMENTO. A maior parte das obras (85%) foi financiada pela própria editora; entre as obras financiadas de outras formas, houve financiamento nacional (sobretudo da FAPESP, em 14 casos) e internacional (do Instituto Camões e da Fundação Macau, entre outros).
CONSELHO EDITORIAL E REVISÃO POR PARES. A maior parte das publicações corresponde a obras com conselhos editoriais nacionais (40%) e internacionais (34%), e também a maior parte (69%) passou por processo de revisão por pares.
OBRAS ORIGINADAS EM REDES DE PESQUISA. A maioria das obras são originadas de outros grupos ou redes de pesquisa nacionais (40%) ou internacionais (28%); parte delas são originadas de grupos ou redes de pesquisa internas ao programa (18%), e uma menor parte (14%) não envolveu grupos ou redes de pesquisa.
NATUREZA DO CONTEÚDO. A ampla maioria das publicações (94%) corresponde a resultados de Projeto de Pesquisa. As 3 obras de natureza didática foram adotadas como obras de referência nacional.
Produção técnica
A produção técnica dos docentes abrangeu uma tipologia variada, incluindo pareceres, apresentações de trabalho, organização de eventos, atividades editoriais, cursos de curta duração, concessão de entrevistas na mídia, e outros tipos variados tais como desenvolvimento de materiais instrucionais e produtos ou relatórios de pesquisa. A produção se distribuiu como segue:
• Produção técnica dos docentes, 2017-2020
Serviços técnicos: 675 48%
Apresentação de trabalho: 389 28%
Organização de evento: 98 7%
Editoria: 70 5%
Curso de curta duração: 69 5%
Programa de rádio ou TV: 54 4%
Outros (relatórios, desenvolvimento de produtos, etc.): 48 3%
Total da produção técnica: 1403
Observe-se que em alguns desses produtos (em particular as editorias, o oferecimento de cursos e a organização de eventos) há um trabalho importante de coautoria entre os docentes; a tabela acima considera os produtos únicos, descontando-se as coautorias.
Os produtos nas principais categorias acima representam ações com impacto social local, nacional e internacional. Entre eles, estão 389 apresentações de trabalho, 98 organizações de eventos e 69 cursos de curta duração organizados e ministrados na USP, em outras universidades brasileiras e no exterior, e em entidades e associações civis – remetendo a diferentes esferas da atuação dos docentes: a inovação científica, a interface com o ensino básico, e as ações de inserção nacional e internacionalização.
Destaca-se ainda a produção dos docentes no subtipo ‘Serviços técnicos’, também remetendo também a ações de impacto externo: dos 675 produtos nessa ampla categoria, 518 são pareceres – para periódicos (381) ou agências de fomento (137) – e os demais são atividades de assessoria e consultoria diversas, para instituições nacionais e internacionais.
Por fim, as atividades diretas dos docentes no campo editorial geraram 70 produtos, que incluem a organização e edição de diversos volumes de periódicos.