Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira Andrade

Resumo

Possui graduação em Português - Espanhol (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade de São Paulo (1977), mestrado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990) e doutorado em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1995). Fez estágio pós-doutoral, com bolsa FAPESP, na Universitat Pompeu Fabra (Barcelona- Espanha) em Análise Crítica do Discurso, sob a supervisão do professor Dr. Teun A. Van Dijk (2010-2011). Fez estágio pós-doutoral, sem bolsa, na Universitat Pompeu Fabra em Análise Crítica do Discurso, sob a supervisão da professora Dra. Montserrat Ribas-Bisbal (2014-2015). Atualmente é professora assitente doutora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, na área de Filologia e Língua Portuguesa. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Lingüística de Texto, Análise da Conversação, Análise Crítica do Discurso; Gêneros Textuais da Mídia. De 2006 a 2011 foi coordenadora do Projeto Temático de Equipe - "Projeto Caipira" - aprovado na FAPESP, no subgrupo "Tradições discursivas: constituição e mudança dos gêneros discursivos numa perspectiva diacrônica". Desde 2012 é coordenadora do Projeto Temático de Equipe "Projeto Caipira II" - aprovado na FAPESP, no subgrupo "Gêneros jornalísticos impressos: historicidade, constituição e mudança em uma perspectiva crítico-discursiva".

Currículo Lattes

Projetos de pesquisa

2024 - Atual

Práticas Discursivas Femininas: Uma Análise Crítica do Discurso sobre Gênero, Poder e Representação Social na mídia brasileira

Descrição: Neste projeto, propomos analisar as práticas discursivas femininas encontradas na mídia, a fim de compreender como mulheres constroem e negociam significados, desafiam estruturas de poder e (re)constroem representações sociais em diferentes espaços sociais, como mídia, redes sociais, ambientes acadêmicos , entre outros.Embora haja avanços nos estudos de gênero, as mulheres ainda enfrentam desafios relacionados à invisibilidade, estigmatização e silenciamento em diversos contextos discursivos. A análise dos discursos produzidos por e sobre mulheres permite revelar como o poder é exercido, resistido e (re)significado por meio da linguagem. Compreender essas práticas discursivas é essencial para desnaturalizar ideologias de dominação e promover a equidade de gênero. A ACD oferece um olhar crítico e transformador para examinar essas relações linguístico-sociais.Objetivo Geral: Analisar criticamente as práticas discursivas femininas para compreender como a linguagem é usada na construção de significados, relações de poder e representações sociais.Objetivos Específicos: Investigar como as mulheres usam a linguagem para afirmar identidades e resistir a discursos hegemônicos. Identificar elementos linguísticos e ideológicos presentes nos discursos femininos. Compreender os efeitos sociais e políticos dos discursos produzidos por mulheres em diferentes esferas (mídia, redes sociais, educação, etc.). Discutir como as práticas discursivas femininas contribuem para a desconstrução de estereótipos de gênero.A pesquisa esta fundamentada nos pressupostos da Análise Crítica do Discurso, especialmente conforme proposto por autores como: Norman Fairclough (2001) sobre linguagem, discurso e poder; Ruth Wodak (2009) com foco na análise discursivo-histórica e nos estudos de gênero; Teun A. van Dijk (2008) especialmente no que se refere ao papel da cognição social e à ideologia; Judith Butler (1990; 2004) com foco na performatividade de gênero e construção discursiva da identidade; Lia Zanotta Machado e autoras brasileiras que tratam do discurso e gênero na realidade sociocultural do Brasil.A pesquisa é qualitativa e interpretativa, com base na Análise Crítica do Discurso (ACD), priorizando: Corpus: seleção de discursos produzidos por mulheres em plataformas como entrevistas jornalísticas, publicações em redes sociais (Twitter, Instagram), podcasts feministas, entre outros. Critérios de seleção: relevância discursiva, diversidade de contextos sociais e marcadores identitários (raça, classe, orientação sexual, etc) Análise: será feita a partir de categorias como construção de identidade, intertextualidade, metáforas, modalizações, estruturas argumentativas e estratégias de resistência discursiva. Instrumentos de análise: uso de ferramentas linguísticas e análise de conteúdo com base nas categorias da ACD.