Profa. Titular Marilza de Oliveira

Possui graduação em Letras pela Universidade de São Paulo (1980), mestrado em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (1992) e doutorado em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (1996). Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Sintaxe e Lingüística Histórica, atuando principalmente nos seguintes temas: lingüística histórica, sintaxe, história social e morfologia lexical. 

Email: marilza@usp.br
Currículo Lattes


Projetos de Pesquisa

2019 - Atual

"Não aguento o método e a ordem de tio": ato de elocução da resistência das mulheres

Descrição: hierárquica social simbólica e invisível, tem reflexos culturais, como é o caso da literatura e da música, domínios culturais organizados simbólica e explicitamente pelo gênero masculino. Tendo em vista o predomínio de valores e condutas masculinizados, questiona-se: Como se dá a interposição social de mulheres na cultura? Diante de tal questionamento, busca-se analisar o avanço das mulheres nas áreas de domínio cultural tipicamente associado ao gênero masculino. Especificamente, objetiva-se estudar, a partir de uma perspectiva crítica e reflexiva, os atos de elocução da resistência das mulheres na literatura e na música. Parte-se da pressuposição de que a dinâmica entre dominador e dominado (a relação de poder) é veladamente construída nas relações sociais estabelecidas por vínculos de natureza simbólica (BOURDIEU, 1989). Essa dinâmica, enraizada no simbolismo social (poder simbólico), está associada ao habitus, bagagem que cada indivíduo traz e imprime em suas relações e dinâmicas sociais. Como o mercado simbólico é regido pela visão masculina (THIRTY-CHERQUES, 2006), os bens simbólicos estão sempre dispostos ao gênero masculinos que, por deterem histórica e socialmente o poder da autonomia (BOURDIEU, 1998), criam padrões de conduta e moralidade para a mulher como a ideia estereotipada da ?santa mãezinha? (DEL PRIORI, 1993, p.105). A disposição contrária ? deter o domínio e autonomia na tomada de decisão para si ? caracteriza a revisão do poder simbólico e legitima o processo de emancipação. Considerando que a linguagem é uma das vias para a construção do poder simbólico, a análise linguística-discursiva é uma das formas para compreender a ação das mulheres que rompem a dinâmica de poder instituído. A abordagem dessa temática é o objetivo deste projeto que pretende analisar as reflexões da autora do diário que compõe o livro Minha vida de menina, de Helena Morley, e aquelas contidas em letras de música do gênero rap de autoria feminina.

 

2019 - Atual

Pragmática histórica: formas de tratamento e cordialidades no período imperial

Descrição: Pretende-se levantar as formas de tratamento e de cordialidades como componentes da figuração no período imperial e interpretá-las à luz das formas de etiqueta que regem uma sociedade de corte. Para isso, é necessário fazer não apenas o levantamento do uso das formas pronominais e dos epítetos, mas correlacioná-los ao estilo e às comunidades de práticas. Serão analisadas peças teatrais compostas por José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo e França Júnior.