Profa. Dra. Márcia Santos Duarte de Oliveira

Márcia Santos Duarte de Oliveira possui: mestrado em Lingüística pela Universidade de Brasília (1995); doutorado em Linguística pela Universidade de São Paulo - USP - (2004); pós-doutorado na Universidade de Coimbra (2009). É professora doutora da Universidade de São Paulo e atua nos seguintes temas: linguística de contato; morfossintaxe do português falado no Brasil e do português falado na África; crioulos de base portuguesa do 'Atlântico'. É autora (e organizadora), entre outros, de (1) "Português do Libolo, Angola, e português afro-indígena de Jurussaca, Brasil" (Papia 22(2), 2013); (2) "O conceito de português afro-indígena e a comunidade de Jurussaca" (Peter Lang, 2015); (3) "O português na África atlântica" (Humanitas/FAPESP, 2018). Na área da pesquisa, destacam-se: (i) as investigações centradas na área ibibio - Nigéria/África - anos 1997/2004; (ii) a coordenação de um dos projetos sobre comunidades afrobrasileiras (área do Pará), que integra o 'Inventário Nacional da Diversidade Linguística' - Lei Federal/ INDL (2010); (iii) pesquisas e orientações de pesquisas em: (a) línguas crioulas da área denominada 'Alto da Guiné'; (b) variedades de português faladas na África atlântica e em variedades vernaculares do português falado no Brasil; (iv) a coordenação do 'Projeto do Libolo' (Angola) - USP/Universidade de Macau (em conjunto com o Prof. Dr. Carlos Figueiredo/ UMAC). No âmbito administrativo, integrou as mesas diretoras da: Associação Brasileira de Estudos Crioulos e Similares (ABECS) - biênio 2015-2016 - e da Associação dos Crioulos de Base Lexical Portuguesa e Espanhola (ACBLPE) - biênios 2012/2014; 2015/2016. É membro do Conselho Deliberativo do Centro de Estudos Africanos (CEA) da USP - biênio 2016/2017. Integra a Comissão Editorial da Revista PAPIA (biênios 2015/2016 e 2017/2018).

Email: marcia.oliveira@usp.br
Currículo Lattes

 

Projetos de Pesquisa

2019 - Atual

A "fala do Libolo" e o português angolano - "variedades" e línguas em contato

Descrição: Neste projeto de pesquisa (Bolsa de produtividade de Pesquisa, CNPq), enfoca-se a ampliação da descrição e análises da variedade de português angolana (variedade africana de português) centrada, até então, na subvariedade:português do Libolo (PLB) e ampliada, nesta nova proposta, para a descrição e análise da subvariedade: português de Luanda (daqui em diante, PL). Assim sendo, objetiva-se uma continuidade da investigação de aspectos gramaticais ? morfossintáticos em sua maioria ? da subvariedade PLB, iniciada no escopo do ?Projeto Libolo? (ver, entre outros, FIGUEIREDO & OLIVEIRA, 2013; 2016) e desenvolvida, ainda, por meio de Projeto de Pesquisa ligado ao CNPq: Estudos morfossintáticos do português falado no Libolo/Angola ? Bolsa CNPq de Produtividade de Pesquisa (Processo: 311620/2015-9;2016-2019). Objetiva-se, portanto, a ampliação do escopo da investigação do português falado em Angola (PA) com fins de se apontar características gerais (morfossintáticas em sua maioria) dessa variedade africana de português. Nos objetivos da ampliação do projeto de pesquisa CNPq (Processo: 311620/2015-9), por meio do projeto atual, atesta-se também a ampliação do cotejo do português falado em Angola (PA) com línguas bantas, muito especialmente com o kimbundu, e ainda com outras variedades de português (faladas no Brasil e em Portugal) e com línguas crioulas de base portuguesa.

 

2018 - Atual

Línguas Crioulas e Variedades de Português do Brasil e da África

Descrição: A expansão ultramarina portuguesa acarretou a difusão da língua de Portugal pelo mundo. Porém, o impacto linguístico português não se limitou a isso. Em condições históricas muito específicas surgiram línguas que vieram a ser conhecidas como crioulas de base portuguesa. Essas línguas crioulas possuem o léxico majoritariamente português, porém seus aspectos fonológicos, morfossintáticos, semânticos e pragmáticos têm atestadas influências areais (africanas ou asiáticas). Entender os sistemas linguísticos das línguas crioulas nos permite lançar novas luzes para reavaliarmos uma série de fenômenos linguísticos presentes no português do Brasil, no português falado na África e ausentes no português europeu. Assim, este projeto centra-se também em estudos de ´variedades de português brasileiras e africanas", que, como as línguas crioulas, atestam influências de outras línguas em seu espaço geográfico atual ou influências históricas de línguas pertencentes a outros espaços geográficos e levadas ao locus do contato via o fenômeno das Grandes Navegações.

 

2018 - Atual

Projeto Libolo - Fase 2

Descrição: No dia 05 de julho de 2013, oficializou-se - através de uma viagem de pesquisa à área do Libolo/ Angola - o Projeto "Município do Libolo, Kwanza Sul, Angola", doravante "Projeto do Libolo". No ano de 2018, o ?Projeto Libolo? entrou em sua ?fase 2?. O projeto é integrado por uma equipe nacional e internacional de investigadores nas áreas da linguística, filologia, história e antropologia, dando continuidade a uma investigação iniciada em 2011 pelo libolense (angolano) Prof. Dr. Carlos Figueiredo. Este projeto, vinculado à Administração Municipal do Libolo e com patrocínio da empresa angolana Global Seguros, transformou Calulo, durante o mês de julho de 2013, em polo angolano de investigação científica. O Projeto Libolo envolve, em sua equipe, 4 investigadores diretamente ligados à Universidade de São Paulo (USP) e à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - FFLCH - um deles, a coordenadora do Projeto. Envolve ainda um pesquisador da Universidade de Macau (China) (UMAC), também coordenador do Projeto. Integram ainda o projeto pesquisadores das seguintes Instituições: Fundação Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade Federal de Integração Internacional de Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) e da Universidade de Cabo Verde. O objetivo central dos pesquisadores - com sua atuação nos campos de pesquisa e intervenção científica e social: linguística, história e antropologia - é prestar apoio às autoridades e gentes do Libolo. No campo da pesquisa, abrem-se amplas perspectivas de investigação. Citamos: ampliam-se as investigações acerca do português falado em África, do português brasileiro, das línguas bantas, com ênfase no quimbundo do Libolo, que participaram do contato com o português (e outras línguas), novas abordagens históricas, novas abordagens antropológicas, novas abordagens sociológicas, novas abordagens filológicas, desenvolvimento de trabalhos em áreas linguísticas especificas a partir de recolhas de dados de fala do português do Libolo e do quimbundo do Libolo e ainda documentação sociohistórica do município do Libolo.

 

Grupos de Pesquisa

A língua portuguesa no tempo e no espaço

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Estudos Crioulos de Base Portuguesa e Português na África

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Estudos de prosódia em português: comparações entre as variedades brasileira e africanas

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Estudos do português urbano e rural da região norte

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